sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Haiti

Infância em Perigo “
(UNICEF)




Segundo UNICEF cerca de 300 mil crianças entre 5 a 17 anos estejam envolvidas na exploração doméstica infantil, ou seja, Restavecs.









Restavecs é uma criança Haitiana que se torna um escravo a partir do momento em que doada pelos seus pais a famílias urbanas. A doação é feita na esperança que tenham uma vida digna, mas a realidade é outra.
Essas crianças viram escravas afirma Jean Robert Cadet autor do livro “Restavec: Um menino escravo no Haiti” que já foi um Restavec.
Um Restavec, por exemplo, com cinco ou seis anos, acorda cedo prepara o café da manhã para a família, busca água no poço para todos da família tomarem banho, devem lavar louças, roupas e arrumar as crianças para as escolas e ao retornarem devem cozinhar para toda a família. E muitas vezes dormem sem comer ou comem os restos das comidas.
As meninas são as mais favoráveis nesse trabalho, há violência sexual, na qual elas são obrigadas a prestar serviço de iniciação para os filhos legítimos de seus donos. E ele s escolhem as mais novas, pois consideram que estão com o menor risco de contaminação da Aids.

A OIT e a ONU realizaram projeto 2004-2005 para o combate do trabalho infantil como na indústria dos artifícios de fogos, trabalho doméstico e agricultura.


14 de Dezembro de 2007

Brasil vai financiar programa de combate ao trabalho infantil no Haiti Ana Luiza Zenker Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil vai financiar um projeto no Haiti de combate ao trabalho de crianças e adolescentes. O anúncio foi feito na assinatura do memorando entre o governo brasileiro e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), para criação da Iniciativa de Cooperação Sul-Sul no Combate ao Trabalho Infantil.
De acordo com a diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, o que se pretende com a iniciativa é “fortalecer esforços já iniciados e abrir novos caminhos para, através da cooperação horizontal entre povos e nações, e do diálogo social e solidário entre os países em desenvolvimento, avançar em direção a esse objetivo comum” de prevenir e erradicar as piores formas de trabalho infantil.
E o projeto a ser desenvolvido no Haiti faz parte da iniciativa. O Brasil deve participar com o compartilhamento das boas práticas já desenvolvidas no país e de modelos de combate ao trabalho infantil, além do financiamento do programa.
O governo brasileiro é parceiro da OIT no combate ao trabalho infantil desde 1992, quando entrou no Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC).
Desde então, de acordo com Laís Abramo,o número de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil já caiu em mais da metade.
“A verdade é que o Brasil tem se afirmado nos últimos anos como uma referência mundial na área do combate ao trabalho infantil, e é essa experiência que a gente acha importante sistematizar e difundir”, disse.
O ministro Celso Amorim, que assinou o memorando pelo governo brasileiro, não informou o valor que deve ser investido no Haiti. Mas, segundo ele, somando os montantes aplicados nos diversos projetos dos quais o Brasil participa naquele país, “seguramente deve estar em mais de US$ 3 milhões a US$ 4 milhões o que a gente tem lá”.
Amorim disse que o programa deve atuar em várias frentes, mas principalmente na educação da população. “Os projetos estão começando. No fundo é um problema sobretudo educativo, de que as crianças não devem ser fonte de rendimento, elas têm que estar aprendendo, brincando, se desenvolvendo como seres humanos e não sendo exploradas, esse é o sentido”, afirmou.
Não existem dados estatísticos sobre quantas crianças e adolescentes estariam trabalhando no Haiti atualmente. Um estudo organizado pela OIT há cinco anos estima que, na época, haviam cerca de 250 mil crianças no trabalho doméstico.
De acordo com o coordenador sub-regional para a América Latina e o Caribe da OIT, Guillermo Dema, entre 65% e 70% das crianças haitianas não vão à escola. Ele disse que o mais provável que elas estejam trabalhando.

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